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domingo, 16 de agosto de 2009

ADEUS JEDDINHO

Acabo de receber uma notícia que não queria receber nem aceitar! Estava, há pouco tempo (passava das duas horas) deitado em minha cama descançando após o almoço, quando a porta do meu quarto se abre repetinamente. Era minha mãe: "Paulinho, Jeddinho faleceu." Peço licença à família dele para poder aqui deixar meus sentimentos sobre sua ida. Sua ida à eternidade. Ele nos deixou. Já estava numa guerra faz uns meses contra uma doença a qual sua cura é um grande desafio para a medicina: o câncer. Doença que mata sem piedade e que dá poucas esperanças de cura, muito poucas mesmo, quando diagnosticada tardiamente. Esse foi o seu caso!

Lembro-me das brincadeiras as quais eu, ele e seus irmãos brincávamos, quando crianças lá no quintal ou então na rua, em frente às nossas casas, já que éramos vizinhos. Ele sempre fazia o papel do mais forte, do heroi, do susserano. Brincávamos muito. Muito mesmo. Jogamos muitas vezes video-game: Mário era um preferdio nosso. Lembro das brigas, dos confrontos, das pazes e tal. Ele era uma pessoa muito querida por seus amigos e sua família. Às vezes nós até nem demonstrávamos isso, mas, o amávamos muito. E ainda amamos, mais ainda! Só que agora, o que nos restará é a dor da suadade. Suadade de quem nos deixou, sem sequer permitir um Adeus. Mas, é isso mesmo. Ninguém sabe ao certo o dia que nosso Senhor irá nos chamar. O tempo é quem ficará com essa responsabilidade.

A vida passa, caminha em ciclos. Alguns conseguem aumentar o comprimento da circunferência. Outros: infelizmente até que tentam, mas... Deus os chamam. Nossa vida aqui é passageira. Estamos por aqui para executar alguma missão, que até para nós mesmos é oculta. Jeddinho deve ter executado a dele. Nos tornou pessoas felizes com as suas "maluquices de criança". Coma sua imaginação fértil e convencedora. Brincamos muito. Ele me deixará muitas saudades.
"Vai com DEUS JEDDINHO. Nós te amamos muito. Tenho certeza que o Céu hoje tem mais um motivo para alegria: mais um anjinho entre eles. ADEUS. MUITAS SAUDADES DE VOCÊ."

Por fim, queria deixar nosso diálogo quando o vi no ônibus, se não me falha a memória na quarta-feira passada, no caminho parea escola:

Eu: "Êta! Tá é grande em rapaz. Daqui a pouco vai passar do meu tamanho"
Ele: (sorriso de criança) "É..."
Eu: "Tchau, Jeddinho!"
Ele: "Tchau".

No dia ele vinha com sua mãe, no ônibus, certamente de mais uma sessão de quimioterapia. E eu... eu estava a caminho da escola.

Vai com DEUS JEDDINHO. Nós te amamos muito. Tenho certeza que o Céu hoje tem mais um motivo para alegria: mais um anjinho entre eles. ADEUS. MUITAS SAUDADES DE VOCÊ.

Com muita tristeza recebi essa notícia. E com muita tristeza me despeço de vocês nessa postagem inesperada,
Paulo César

O PAULO HONÓRIO

Com a maturidade foi ficando mais fácil para mim identificar as fases da minha vida. Os ciclos se sucedem, assim como as estações do ano. Ao fazer tal constatação, que hoje me parece tão óbvia - embora nem sempre tenha sido assim -, dediquei-me a desenvolver uma capacidade de adaptação que agora me permite conviver quase que pacificamente com estes movimentos.

São movimentos que me atingem e que me fazem refletir, até o último momento possível. Digo isso porque, hoje - quer dizer, já faz um bom tempo, mas hoje se intensificou -, consigo não me permitir mais, que os sentimentos se sobressaiam sobre a razão, quando se trata de alguns casos. Sempre fui um alguém que apredeu a dá adeus muito cedo. Não falo de mortes e tal, mas sim de outros bens que eu poderia um dia ter tido mas não pude ter, pelo simples fato de não ter me dedicado a tal.

Hoje, quando olho para trás, não sei se tenho orgulho ou se baixo a cabeça sobre a pessoa que fui, que sou. Não tenho mágoa de ninguém, mas muitos tem de mim - o que na verdade não me importa muito. O que realmente me importa é saber o porquê desta angústia toda que agora estou passando.

"Hoje, quando me vejo no silêncio, na iminência do sono, apenas enxergo aquele que consegue disfarçar o que lhe dói."

Sou diferente, muito diferente de muita gente. Às vezes não me acho inserido onde estou. Se olho para trás, vejo aquela criança que muito aproveitou sua infância, seus amigos, sua família. Hoje, quando me vejo no silêncio, na iminência do sono, apenas enxergo aquele que consegue disfarçar o que lhe dói. Tento depositar todas as minhas esperanças numa mudança no meu futuro, que tanto se aproxima. Todas as minhas expectativas são depositadas nele. Eu não tenho outra saída nem esperança. Será um recomeço!

Se pudesse me comparar a um desses ilustres e importantes personagens da literatura brasileira, diria que, hoje, eu sou Paulo, Paulo Honório. Aquele que vê, hoje, seus erros e, depois que tudo se destroi, tenta reviver, através de um livro, tudo que aconteceu, tentanto buscar os erros, tentanto buscar os porquês! Mas eu não sou Paulo Honório. Talvez eu seja mesmo é Fabiano. Fabiano de Vidas Secas. Aquele homem rude, sem palavras, que foi muito enganado, castigado por causa de sua ignorância. Aquele que pensa, que sonha alto, mas que sabe que são apenas sonhos, porque a realidade é outra. Basta abrir os olhos! Basta acordar!

[...]

São vários os personagens, mas prefiro me guardar ao direito de falar sobre eles. A verdade é que a vida nos ensina a cada etapa, a cada instante. Isso eu venho aprendendo a cada dia. Se antes pisava com os dois pés, agora ponho apenas o dedo mindinho.

[...]

Queria escrever mais, organizar o que escrevi. Melhorar o que falei. Mas, estou sem palavras. O silêncio, agora, é meu melhor amigo.

NOSSOS AMIGOS DE VERDADE

A melhor coisa no mundo é ter amigos. Sim, amigos: amigos de verdade. Amigos que não se cansam de ressaltar nossas qualidades, quando na verdade você só parece ter defeitos; amigos que levantam nossa alto-estima, mesmo quando ela parece ter acabado; amigos que puxam nossas orelhas quando saímos do traçado ou até mesmo aqueles que nos guiam para o traçado “errado”. Ah, como é bom ter amigos!

Acredito que a amizade é uma dádiva de Deus, é algo que nos veio como sinônimo de nossas ações para com os outros: se você tem atitudes sociáveis, se você é daqueles que está cada vez mais aberto a novas amizades, certamente, não tenho dúvidas, tem uma grande rede de amigos. Mas, isso é o que menos importa. Quantidade não é qualidade! Então vamos falar daqueles amigos que parecem ser é nossos pais, irmãos ou psicólogos (Fabiana, a psicóloga aí é você) – esses estão sempre mudando de posto: vai depender da nossa situação, entende? São aqueles que nos atendem à meia-noite (ou até mais tarde), que passam os dedos em nossa face para amparar as lágrimas que escorrem; são aqueles que nos beijam, nos abraçam, nos acariciam; são aqueles que, não importa a situação, estão sempre nos observando e jamais permitiriam que algo de ruim nos acontecesse (...).

"A diferença é que não é do seu sangue, mas do seu coração, e isso é o que importa."

As pessoas têm o costume de falar em verdadeira amizade e é nesse ponto que eu queria chegar. Ter um milhão de amigos é muito bom. É bom demais! O melhor ainda é dar bom dia aqueles que encontramos no caminho para a escola ou para o trabalho; sorrir para aqueles que vemos subir no ônibus, como sinônimo de “oi” ; ou até mesmo franzir os olhos para aqueles “nem tão chegados” que encontramos durante um passeio no shopping ou no percorrer de um corredor da escola ou da universidade. Realmente é ímpar falar para os outros que temos vários amigos, que em nosso profile do Orkut temos mil e um “amigos” e que no msn são mais dois mil e dois. Talvez você é desses que anda dizendo por aí que só no Orkut tem tantos e tantos amigos, porém, faço um desafio: quantos e quais desses “amigos” você conhece? Talvez todos (afinal, já que a palavra é conhecer. Eu posso dizer que conheço fulano ou sicrano só pelo Orkut, ou pelo msn). Mas, quantos e quais me atenderiam à meia-noite para ouvir que deu tudo errado na festa que iria bombar, e que você saiu foi chupando o dedo e ele ou ela nem ao menos deu atenção a você; quantos e quais viriam até você só para te ajudar naquela matéria que tanto te faz quebrar a cabeça; quem desses “amigos” jamais te deixaria no meio do caminho e seguia sem você?; qual desses jamais te ofereceria um cigarro de maconha ou um comprimido de êxtase naquela balada?; qual seria o amigo que nunca, nunca te forçaria a fazer algo como ficar com aquela garota ou garoto só para entrar no grupo e não ficar excluído? Será que você já tem a resposta?

A amizade exerce um grande poder sobre as pessoas. São os amigos que influenciam em nossas decisões, na maioria das vezes – claro, depois da família (quando a família exerce). É muito bom receber a visitinha daquele ser tão especial de vez em quando. Como é satisfatório ouvir o celular tocar e quando olhar no display ver que aquela pessoinha está querendo falar com você, seja para comentar sobre o que aconteceu na empresa ou na escola, ou seja para falar besteiras e blá blá blá.

O poder da amizade consiste na presença, na satisfação de ter você como amigo ou amiga. Aos meus amigos eu dedico esta postagem, especialmente aqueles que eu sei que posso confiar cegamente. Àqueles que nunca irão me abandonar quando eu precisar deles. Àqueles que torcem por mim assim como torço por eles, e que estão sempre segurando em minhas mãos para que, se eu vier a cair, eles me puxem de volta, ou, se for o caso, caem juntos comigo, porque amigo é uma extensão da família. A diferença é que não é do seu sangue, mas é dos seu coração, e isso é o que importa. Joan Carlos, João Carlos (grande João), Elvis Nathan (sempre crítico), Thiago Santos, e, não poderia esquecer de duas pessoas: Samara Moura, a minha Mara, e Nathalia de Souza (extremamente importante para mim). Quero dizer que vocês estão sob prisão perpetua em meu coração. Amo muito vocês.

Antes de encerrar, peço que dê uma ligadinha rápida ou ao menos mande uma mensagem para aquele seu amigo ou amiga que considera tão especial. Esse seu gesto pode fazer uma grande diferença. Eu já fiz a minha parte.